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Acertos e falhas na educação infantil
Quem cuida bem de um bebê e consegue promover oportunidades para que ele se desenvolva saudável, criativo e capaz de atravessar seus diversos estágios com equilíbrio, costuma ter alguma sabedoria emocional.
Essa pessoa que consegue ser uma “mãe-ambiente”, como alguns teóricos chamam, também pode ser outro cuidador e geralmente até desconhece os aspectos psicológicos que influenciam a formação de uma criança. Mesmo assim, com sua disponibilidade emocional, junto a tudo que um dia recebeu em sua infância, costuma traçar intuitivamente bons caminhos no dia-a-dia e com seus acertos, falhas e reparações, tudo vai fluindo bem.
Porém, por ter uma história própria e viver momentos tão particulares diante do nascimento de seu bebê, nem sempre a mãe, ou quem exerça a função materna, consegue sintonizar as verdadeiras necessidades dele. Muitos fatores podem atrapalhar os cuidados psicológicos fundamentais com a criança, em qualquer idade. Situações que estão inconscientes entre o casal, na família atual e nos antepassados têm grande força e são muito difíceis de detectar e transformar sem auxílio profissional.
Num contexto mais severo, quando o ambiente é hostil, carregado de privações e desencontros em que o bebê ou criança sente frustrações maiores do que consegue suportar, pode gerar importantes distúrbios que nem sempre serão reparados mais tarde. As privações para um bebê costumam ser devastadoras.
Da mesma forma uma mãe, pai ou outro cuidador que superprotege, que ocupa um espaço que seria só da criança para experimentar seus ajustamentos criativos, alguém focado em atender seus próprios desejos conscientes ou inconscientes, ou adultos que não estabelecem limites para a criança pequena com amor e clareza por não saber ou não confiar na capacidade da criança de suportar, acaba prejudicando bastante a ponto do potencial latente dela poder ser absorvido pela desordem psíquica e não mais conseguir se expressar harmonicamente...
As falhas do ambiente sempre existirão e são até necessárias para que a criança vá percebendo o mundo externo que é naturalmente falível, desde que sejam num nível suportável, não contínuo e não abalem a confiança básica necessária ao desenvolvimento infantil. Porém, quando essas falhas não são reparadas em tempo podem se instalar como sintomas ao longo das idades, causando sofrimento geralmente para a família toda. Se as angústias vivenciadas nos estágios iniciais da vida não forem demasiadas e a criatividade não for banida, o indivíduo até pode conseguir transformar seus tormentos íntimos, seja de ordem social, cognitiva, orgânica ou mental, porém alguns precisarão de ajuda para isso.
Antes que qualquer sintoma apareça ou se agrave, é possível que o cuidador reflita, busque mecanismos de reparação para que a criança volte a ter um curso natural de seu desenvolvimento. Dessa forma, os cuidadores podem encontrar na presença de um Psicólogo habituado com a clínica infantil, o espaço de transição entre suas dúvidas e o bem estar da criança, para que, através desse encontro profissional produtivo, novos caminhos sejam abertos e cuidadosamente percorridos.
Surgindo dúvidas, busque sempre orientação e aceite ser cuidado, para que possa fluir em você o melhor facilitador possível no caminho de um pequenino ser. Afinal, um dia ele deverá estar também por inteiro cuidando de novas gerações.
Vera Estrella

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