

O que tem à frente?
Por que perder tanto tempo pensando no que vem depois se a única certeza é o que estamos fazendo agora? Quais são as sensações do instante presente? O que inquieta de verdade agora? Quais as percepções deste momento que não podemos falar para ninguém? Como seria sentir e pensar de verdade no maior incômodo? Quais as emoções estamos negligenciando?
Ninguém nos ensina a ficar com as sensações do agora, explorar as vozes que falam dentro de nós, ouvir os lamentos, as dores, tristezas e as faltas reais desta hora. Somos ensinados a preparar tudo para dia seguinte, pensar naquele trabalho a entregar, escolher a roupa de amanhã, procurar alguém que não está aqui, conectar com a vida que não está acontecendo para nós, vidrar numa telinha qualquer para distrair, sempre saindo do presente, alienando de nossas partes que lá no fundo não se alienam de nós.
E para onde vão as partes das quais fugimos? Para o inconsciente! Com o mesmo magnetismo e energia que usamos em nossas distrações, todos os nossos incômodos, dores, angústias, solidões, excessos, invejas, maldades e tudo o que não queremos ver em nós vai para o subsolo da alma e fica sombriamente carregado de afetos não acolhidos pedindo expressão.
Mas para que pedem expressão? Qual o sentido desses aspectos que negamos tanto em nós quererem se manifestar? Para quê, por exemplo, liberar emoções, descontrolar a vigilância, se o padrão de organização, controle e harmonia na vida é tão melhor? Porque a psique não suporta a unilateralidade! Somos seres integrais influenciados e influenciando o coletivo. Um padrão único gera desequilíbrio. Precisamos aceitar nossas múltiplas possibilidades e lidar com elas para que não apareçam em nossas vidas compulsoriamente.
Depois da curva pode ter uma linda borboleta azul que pousará em nossa pele delicadamente e nos trará um suspiro momentâneo, mas também poderemos ser assustados por um sintoma físico repentino que nos diz, gritando lá do subsolo, que não temos mesmo o controle, ou ainda encontraremos um companheiro com aquelas características que mais nos irrita... tudo para lidarmos com a nossa totalidade, na luz e na sombra do aqui e agora, profunda e verdadeira, seja conversando conscientemente com nossas partes alienadas ou nos surpreendendo com elas pelos caminhos da vida.
Há muitas formas de gerar essa conversa no aqui e agora, não espere ser invadido pelo o que foi trancado!
Vera Estrella

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