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Sutilezas da comunicação

A diversidade de idiomas e regionalismos  cria uma certa distância na comunicação do mesmo modo que fascina e instiga a curiosidade, o estudo e as viagens.  Por maior a diferença na língua falada e escrita entre duas pessoas, sempre existe uma forma de entendimento nos aspectos básicos da comunicação.

 

Dessa maneira os primitivos expressavam suas ideias e em qualquer momento pessoas se apaixonam em nacionalidades totalmente diferentes, mesmo sem noção do idioma do outro.

 

O que se fala, a expressão verbal ou gestual pode se manifestar no envio de qualquer mensagem, pois somos seres potentes em criatividade, somos desejosos de contato e necessitamos forçosamente de alguma interação social.  Podemos falar verdades, mentiras, pensamentos próprios ou não; seja o que for, em algum modo de expressão é possível  mostrar.

 

A grande sutileza está na recepção da mensagem, no caminho entre o que se fala até onde e como seu destinatário ouve; de que forma chega o que queremos comunicar.

 

Analisemos  as duas situações:   Se você costuma pedir ao seu cônjuge uma opinião sobre a roupa que escolheu  e ele sempre  elogia, mas pouco depois sugere alguma outra,  com o tempo você percebe que ele não aceita  ou respeita sua escolha, sem que isso cause grande comprometimento para sua individualidade.  Em outro caso, imagine uma criança de 5 anos que  em tudo o que faz recebe elogios da mãe, porém logo em seguida essa mãe sempre “conserta algum detalhe”;  nessa criança ficará constantemente  o registro de “não estar ok”  -  uma mensagem que influenciará sua postura diante da vida.

 

São sutis os sinais de mensagem dupla entre as pessoas exatamente porque as palavras representam bem menos do que todas as formas de comunicação. Quantas vezes um olhar faz uma criança parar uma travessura enquanto mil palavras, pedidos e até gritos não adiantam... Cada família constrói, mesmo que inconscientemente, uma forma própria de comunicação entre seus membros e estes vão interagindo com outros indivíduos levando sua maneira particular de captar e expressar o que deseja.

 

Comunicar implica em provocar uma reação. Até mesmo quando o outro reage com indiferença ainda sim é uma “ação” e a partir daí  vem uma sensação e o pensamento que resulta em nova conduta.

 

O tom de voz e, sobretudo a linguagem corporal, são decisivos no que se quer transmitir. Há dezenas de formas de se dizer simplesmente “oi” . Mas ninguém se preocupa conscientemente com isso no dia-a-dia. Geralmente só paramos para avaliar nossa capacidade de comunicar ideias quando nos damos conta  de que há algo errado; possivelmente quando recebemos uma reação  diferente do  que desejávamos.

 

Imaginemos o caso de uma mãe zelosa, experiente, que teoricamente fez tudo para seu filho único crescer feliz, experimentar o mundo, ter sucesso e ser independente.. Esta mãe, no seu íntimo,  sempre viveu o grande medo de sentir-se só na velhice e nunca contou ao filho. O menino tornou-se um grande homem de negócios, mas extremamente imaturo em suas emoções e relações afetivas, pois sempre recebeu uma mensagem dupla; “você deve progredir” (o que a mãe dizia) – mas – “não cresça por completo” (o que a mãe sentia e transmitia de alguma forma).

 

Existem inúmeros exemplos em que a mensagem expressa é muito destoante da real, daqueles registros íntimos, muitas vezes “guardados a sete chaves” ou mesmo fora do alcance da consciência. são as palavras e vivências da sombra, aquele conjunto de experiências arquivadas que são projetadas ao nos relacionar.

 

Quando o receptor de uma mensagem truncada  consegue se dar conta, esclarecer e alterar o padrão, menos danos.  Acontece que na maioria das vezes a pessoa envolvida na história não percebe o duplo vínculo no padrão de comunicação que se estabelece.  Especialmente no caso de crianças!

 

Precisamos estar sempre muito atentos ao que comunicamos observando o impacto que a nossa comunicação causa no outro, ou seja,      estar  disponível para um contato verdadeiro em nossas interações; o que  é uma arte.  Captamos melhor o que nos é dito se aprendermos a estar com a comunicação de uma forma mais verdadeira e global, através de todos os nossos sentidos abertos e desenvolvidos, como também estando com o outro em sua totalidade.

 

Se você não pode modificar a mensagem que recebe, desenvolva habilidades que favoreçam a sua percepção do outro e seus recursos para lidar com o que é transmitido. Da mesma forma, amplie sua percepção de si mesmo; encare suas sombras! Procure observar seu tom de voz, sua respiração, tudo o que seu corpo fala ao se expressar, enfim, cada pequeno sinal – que está muito além das palavras – e pode levá-lo a ser um comunicador mais verdadeiro e cuidadoso.

Vera Estrella 

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