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Crescer é preciso!
Quem olha para o seu bebê assim que nasce, descobre um sentido novo e indescritível da vida. Essa sensação de prazer e responsabilidade acompanha todos os pais que são conscientes da tarefa que assumiram ao receber o novo SER , que deles depende para tornar-se um indivíduo pleno.
São diversos os estágios de transição para chegar ao fim da infância. Desde a fusão total com a mãe, nos primeiros meses de vida, até alcançar a adolescência, quando o distanciamento emocional da família e a valorização do grupo social são necessários, na tentativa de ingresso no mundo dos adultos.
Nesse caminho, cheio de sutilezas, que irão permitir o melhor ou pior desempenho da criança ao construir suas emoções e potencialidades, logicamente os pais têm um papel determinante. Não se trata de culpá-los, mais uma vez, pelo que não der certo, mas sim chamar a atenção para o fato de que são os adultos responsáveis em favorecer o crescimento sadio! Não há como fugir disso.
Muitas vezes os pais se “perdem” na fascinação do período inicial do bebê, que é tão frágil, dependente e até mesmo aconchegante! Como é bom abraçar uma criança doce, transmitir a ternura que se tem, sentir-se importante e vital para alguém. Que magia há naqueles olhinhos lindos que parecem dizer ao adulto: “você é tudo pra mim”. Isso é quase mágico para uma mãe, pai, avó, avô ou outro educador que verdadeiramente ame “seu bebê”.
Mas a criança vai crescendo. Começa a precisar diferenciar-se da mãe, construir sua identidade, descobrir do que é capaz, experimentar o mundo com suas mãos, suas perninhas, sua inteligência. E também é fascinante quando isso ocorre! Como é perfeito quando aquele pequenino ser já pode dizer... “deixa mãe, eu faço!” Melhor ainda é quando ele recebe permissão verdadeira para fazer; quando o educador também encontra-se preparado para respeitar dignamente cada potencialidade que surge.
Mas é neste momento que muitos pais sentem um grande vazio e dizem no fundo com um pesar... “ele está crescendo”. Quando assim ocorre, infelizmente a criança começa a ser incapacitada sem ninguém perceber. Ela vai aos poucos acreditando que não deve crescer rápido pois ser infantil e dependente agrada o adulto a quem ela tanto ama. Além disso passa a entender que não é capaz de executar diversas atividades, pois quando o educador faz pela criança coisas que ela já pode fazer sozinha, é exatamente esta mensagem que fica registrada.
Pense em quantas pessoas inteligentes você conhece com grande habilidade mas que não conseguem ter sucesso, que não se sentem capazes.
Portanto, vale à pena olhar a criança como um indivíduo, alguém com vida própria da qual o adulto não tem o domínio e sim a missão de ajudar no desenvolvimento, orientar o crescimento.
É preciso abrir as portas do mundo aos poucos, ensinando a criança a confiar em si, saber ousar e proteger-se, conhecer suas próprias possibilidades de agir, interagir, descobrir esse mundo novo que irá necessariamente ingressar, com força e segurança ou com a fragilidade e os medos de uma eterna criança indefesa.
A educação do apego limita o ser, paralisa o crescimento e gera doenças emocionais, enquanto o amor verdadeiro que confia e liberta, sempre se multiplica e por isso é eterno.
Vera Estrella

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