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Orientações religiosas diferentes na mesma família

Este tema costuma ser polêmico porque sempre devemos pensar na liberdade ideológica e nos direitos de um novo ser em desenvolvimento, mas ao mesmo tempo precisamos considerar que o aspecto religioso pode ter impacto substancial e acirrar divergências quanto ao exercício dos cultos de fé que aparecem nas famílias. 

 

Nem todas as pessoas e nem todas as doutrinas entendem que o objetivo maior de uma religião é aproximação de Deus num contexto mais amplo como o do amor ao próximo, a pratica do bem e o desenvolvimento do seu potencial divino, por exemplo. Assim, quando o apego às suas próprias convicções supera a verdadeira "religação", pessoas da mesma família criam brigas domésticas, para que o filho siga a religião de um ou de outro.  

 

Também acontecem casos em que o filho não recebe qualquer orientação religiosa, com o argumento de que ele deverá sozinho escolher a religião. Essa neutralidade da família também pode não promover a chance de conhecer as diferentes correntes religiosas e, consequentemente, optar por alguma. Será preciso que a vida lhe conceda alguma boa oportunidade para que se filie a algum grupo, ou desperte para o sentido de Deus dentro de si de outras formas, o que também é possível.  

 

Quando há disputa entre a religião do pai ou da mãe, se não houver acordo familiar para uma corrente específica é possível que a criança frequente os dois ambientes, se eles não forem muito antagônicos. No caso basta esclarecer que cada grupo tem suas práticas, suas crenças, sua forma de comunicação com Deus, e que ela, a criança, será levada aos dois grupos para que conheça ambos e aos poucos vá percebendo com qual se identifica, onde se sente melhor.  

 

Com a sociedade atual tão consumista de bens e de tempo, materialista e com  tantas ideias contrárias às leis do amor universal é menos provável que um jovem busque por si só um grupo religioso acolhedor para conviver com princípios contrários aos apelos materiais, sem que ele tenha sido apresentado anteriormente. Por outro lado, a construção do pensamento da criança e do jovem aliado à possibilidade de contato com o "sutil", com  noções de valores e expressão fraterna, auxilia o desenvolvimento de uma consciência que transcende a humanidade e integra ao sentido cósmico.  

Também vale lembrar que a presença física em templos religiosos estimulada por pai ou mãe que agem de forma contrária em casa, especialmente sem diálogo sobre as contradições, pode criar um mecanismo de descrença e afastamento ainda maior da religião. Afinal, o primeiro templo a se honrar é seu corpo e sua casa, o que já é um ótimo caminho.

Vera Estrella 

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